terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nisargadatta Maharaj - O Pensamento-Sentimento "Eu Sou"

Questão: Eu gostaria de entrar novamente na questão do prazer e da dor, do desejo e do medo. Compreendo o medo que é memória e antecipação da dor. É essencial para a preservação do organismo e seu padrão de vida. As necessidades, quando sentidas, são dolorosas e sua antecipação é cheia de medo, estamos justamente com medo de não sermos capazes de satisfazer as nossas necessidades básicas. O alívio experimentado quando uma necessidade é satisfeita, ou uma ansiedade dissipada deve-se inteiramente ao fim da dor. Podemos dar nomes positivos a isso, como prazer, alegria ou felicidade, mas essencialmente é o alívio da dor. É este medo da dor que une nossas instituições sociais, econômicas e políticas.
O que me intriga é que temos prazer em coisas e estados de espírito que nada têm a ver com a sobrevivência. Pelo contrário, os nossos prazeres geralmente são destrutivos. Eles danificam ou destroem o objeto, o instrumento e também o sujeito do prazer. Caso contrário, o prazer e a busca do prazer não seria nenhum problema. Isto me conduz ao centro da minha pergunta: porque o prazer é destrutivo? Por que, apesar de sua destrutividade, ele é desejado?
Posso acrescentar que não tenho em mente o padrão dor-prazer pelo qual a natureza nos obriga a seguir o seu caminho. Refiro-me aos prazeres artificiais, tanto sensoriais quanto sutis, que vão desde os mais grosseiros, como comer demasiadamente, até os mais refinados. A dependência de prazer, custe o que custar, é tão universal que deve haver algo significativo na raiz dela.
Claro que nem todas as atividades do homem devem ser utilitárias, projetadas para atender uma necessidade. Brincar, por exemplo, é natural e o homem é o animal mais lúdico na existência. Brincar preenche a necessidade de autodescoberta e autodesenvolvimento. Mas mesmo em suas bricadeiras e jogos o homem se torna destrutivo, com relação à natureza, aos outros e a si mesmo.
Maharaj: Em suma, você não objetiva o prazer, mas apenas o seu preço - dor e tristeza.
Q: Se a própria realidade é bem-aventurança, então o prazer de alguma forma deve estar relacionado a ela.
M: Não vamos prosseguir pela lógica verbal. A bem-aventurança da realidade não exclui o sofrimento. Além disso, você conhece somente o prazer, não a bem-aventurança do puro ser. Então, vamos examinar o prazer no próprio nível dele.
Se olhar para si mesmo em seus momentos de prazer ou de dor, invariavelmente você vai descobrir que não é a coisa em si que é agradável ou dolorosa mas a situação da qual ela é uma parte. O prazer reside na relação entre o apreciador e o apreciado. E a essência disso é a aceitação. Qualquer que seja a situação, se for aceitável, ela é agradável. Se não for aceitável, é dolorosa. O que a torna aceitável
não é importante, a causa pode ser física, psicológica ou indetectável, a aceitação é o fator decisivo. Inversamente, o sofrimento é devido à não aceitação.
Q: A dor não é aceitável.
M: Por que não? Você já tentou? Tente e você vai encontrar na dor uma alegria que o prazer não pode produzir, pela simples razão de que a aceitação da dor leva você muito mais profundo do que o prazer leva. O ser pessoal por sua própria natureza está constantemente buscando o prazer e evitando a dor. O fim desse padrão é o fim do ser. O fim do ser com seus desejos e medos lhe permite retornar à sua verdadeira natureza, que é a fonte de toda felicidade e paz. O desejo perene por prazer é o reflexo da harmonia atemporal que há internamente. É um fato observável que uma pessoa se torna autoconsciente somente quando é capturada no conflito entre o prazer e a dor, o que requer escolha e decisão. É esse embate entre o desejo e o medo que provoca a raiva, que é a grande destruidora da sanidade na vida. Quando a dor é aceita pelo que ela é: uma lição e um aviso, e quando é profundamente analisada e atendida, a separação entre a dor e o prazer se rompe, ambos tornam-se experiência - dolorosa quando resistida, alegre quando aceita.
Q: Você aconselha evitar o prazer e buscar a dor?
M: Não, e nem perseguir o prazer e fugir da dor. Aceite a ambos como vierem, desfrute de ambos enquanto durarem, deixe-os ir como tiverem de ir.
Q: Como eu poderia de alguma maneira apreciar a dor? A dor física pede por ação.
M: Claro que sim. E assim também a mental. A felicidade está no estado de estar ciente disso, em não se apequenar ou de qualquer forma se afastar dela. Toda a felicidade vem da consciência (awareness). Quanto mais estamos conscientes, mais profunda a alegria. A aceitação da dor, a não-resistência, a coragem e a persistência - abrem fontes profundas e perenes de felicidade real, de graça verdadeira.
Q: Por que deveria a dor ser mais eficaz do que o prazer?
M: O prazer é prontamente aceito, enquanto que todos os poderes do ser rejeitam a dor. Como a aceitação da dor é a negação do ser e o ser fica no caminho da verdadeira felicidade, a aceitação incondicional da dor libera as fontes da felicidade.
Q: A aceitação do sofrimento age da mesma maneira?
M: O fato da dor é facilmente trazido para dentro do foco da consciência. Com o sofrimento não é tão simples. Focar o sofrimento não é suficiente, pois a vida mental, como a conhecemos, é um fluxo contínuo de sofrimento. Para atingir as camadas mais profundas do sofrimento você tem que ir nas suas raízes e desenterrar a sua vasta rede subterrânea, onde o medo e o desejo estão intimamente interligados e as correntes de energia vital se opõe, obstruem e destroem umas as outras.
Q: Como posso definir direito um emaranhado que está inteiramente abaixo do nível de minha consciência?
M: Ao estar com você mesmo, o "eu sou", ao observar-se em sua vida diária com um interesse alerta, com a intenção de compreender em vez de julgar, numa aceitação plena de tudo o que possa surgir, ao estar ali, você incentiva as profundezas a virem para a superfície e enriquecerem a sua vida e sua consciência com suas energias aprisionadas. Esse é o grande trabalho da consciência (awareness), que remove os obstáculos e libera energias através da compreensão da natureza da vida e da mente. A inteligência é a porta para a liberdade e a atenção alerta é a mãe da inteligência.
Q: Mais uma pergunta. Por que o prazer termina em dor?
M: Tudo tem um começo e um fim e o prazer também. Não antecipe e não lamente e não haverá dor. É a memória e a imaginação que causam sofrimento.
Claro que a dor depois do prazer pode dever-se à má utilização do corpo ou da mente. O corpo conhece a sua medida, mas a mente não. Seus apetites são inúmeros e ilimitados. Assista a sua mente com grande diligência, pois aí reside o seu cativeiro e também a chave para a liberdade.
Q: Minha pergunta ainda não foi totalmente respondida: Por que os prazeres do homem são destrutivos? Por que ele encontra tanto prazer na destruição? A preocupação da vida reside na proteção, perpetuação e expansão de si mesma. Nesse sentido ela é guiada pela dor e prazer. Em que ponto eles se tornam destrutivos?
M: Quando a mente toma conta, lembra e antecipa, ela exagera, distorce, negligencia. O passado é projetado no futuro e o futuro trai as expectativas. Os órgãos de sensação e ação são estimulados além da capacidade e inevitavelmente ficam avariados. Os objetos de prazer não podem render o que se espera deles e ficam desgastados ou são destruídos por uso indevido. Isso resulta em um excesso de dor onde o prazer era procurado.
Q: Nós destruímos não só a nós mesmos mas os outros também!
M: Claro, o egoísmo é sempre destrutivo. O desejo e o medo são estados centrados no ego. Entre o desejo e o medo surge a raiva, com a raiva o ódio, com ódio as paixões pela destruição. A guerra é o ódio em ação, organizado e equipado com todos os instrumentos da morte.
Q: Existe uma maneira de acabar com esses horrores?
M: Quando mais pessoas vierem a conhecer sua verdadeira natureza, a influência delas, por mais que sutil, vai prevalecer e a atmosfera emocional do mundo será adoçada. As pessoas seguem seus líderes e, quando entre os líderes aparecerem alguns, que forem grandes no coração e na mente e absolutamente livres de egoísmo, o seu impacto será o suficiente para tornar as crueldades e crimes da era atual impossíveis. A nova era de ouro pode vir e durar por um tempo e depois sucumbir à sua própria perfeição. Pois, a vazante começa quando a maré está em seu máximo.
Q: Não há tal coisa como a perfeição permanente?
M: Sim, existe, mas ela inclui todas as imperfeições. É a perfeição de nossa própria natureza que torna tudo possível, perceptível, interessante. Ela não conhece sofrimento, pois ela nem gosta nem desgosta, nem aceita nem rejeita. A criação e a destruição são os dois pólos entre os quais ela tece o seu padrão sempre em mudança. Seja livre de predileções e preferências e a mente com sua carga de pesares deixará de existir.
Q: Mas eu não sou o único a sofrer. Há outros.
M: Quando você vai até eles com seus desejos e medos, você apenas aumenta o sofrimento deles. Em primeiro lugar livre-se a si mesmo do sofrimento e apenas depois tenha esperança de ajudar os outros. Você não precisa nem mesmo ter esperança - a sua própria existência será a maior ajuda que um homem pode dar o seu próximo.


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Questão: Eu encontrei muitas pessoas Realizadas, mas nunca um homem liberado. Você já se deparou com um homem liberado? Ou a liberação significa, entre outras coisas, também o abandono do corpo?
Maharaj: O que você quer dizer com realização e liberação?
Q: Por Realização quero dizer uma experiência maravilhosa de paz, bondade e beleza, quando o mundo faz sentido e há uma unidade da substância e da essência permeando tudo. Embora essa experiência não dure, ela não pode ser esquecida. Ela brilha na mente, tanto como memória quanto como anseio. Eu sei o que estou falando, pois tive essas experiências.
Por liberação eu quero dizer estar permanentemente nesse estado maravilhoso. O que eu estou perguntando é se a liberação é compatível com a sobrevivência do corpo.
M: O que há de errado com o corpo?
Q: O corpo é tão fraco e de curta duração. Ele cria necessidades e desejos. Limita-nos gravemente.
M: Então o quê? Deixe as expressões físicas serem limitadas. Mas a liberação é a do ser de suas idéias falsas e auto-impostas, ele não está contido em alguma experiência particular, não importa o quão gloriosa.
Q: Ele dura para sempre?
M: Toda a experiência está limitada ao tempo. O que quer que tenha um início deve ter um fim.
Q: Então a liberação, no sentido que eu dou a palavra, não existe?
M: Ao contrário, você está sempre livre. Você está tanto consciente quanto livre para estar consciente. Ninguém pode tirar isso de você. Alguma vez você conhece a si mesmo não-existente ou inconsciente?
Q: Eu posso não lembrar mas isso não contradiz o meu ser por vezes fica inconsciente.
M: Por que não se voltar da experiência para o experimentador e perceber a total importância da única declaração verdadeira que você pode fazer: "eu sou"?
Q: Como isso é feito?
M: Não existe "como" aqui. Apenas mantenha em mente o sentimento "eu sou", funda-se nele, até que sua mente e seu sentimento tornem-se um. Através de repetidas tentativas você vai encontrar por acaso o equilíbrio da atenção e da afeição e sua mente ficará firmemente estabelecida no pensamento-sentimento "eu sou". Em qualquer coisa que você pensar, disser ou fizer, essa sensação de ser imutável e afetuosa permanecerá como o pano de fundo sempre presente da mente.
Q: E você chama isso de liberação?
M: Chamo isso de normal. O que há de errado com ser, saber e agir de maneira feliz e sem esforço? Por que considerar isso tão incomum como esperar a destruição imediata do corpo? O que há de errado com o corpo que faz com que ele devesse morrer? Corrija a sua atitude com o seu corpo e deixe-o para lá. Não mime, não torture. Apenas mantenha-o funcionando, na maior parte do tempo sob o limite da atenção consciente.
Q: A memória de minhas experiências maravilhosas me perseguem. Eu as quero de volta.
M: Porque você as quer de volta, não pode tê-las. O estado de ansiar por algo bloqueia qualquer experiência mais profunda. Nada de valor pode acontecer a uma mente que sabe exatamente o que quer. Pois nada que a mente possa visualizar e querer é de muito valor.
Q: Então o que vale a pena querer?
M: Deseje o melhor. A maior felicidade, a maior liberdade. A ausência de desejos é a graça mais elevada.
Q: A liberdade dos desejos não é a liberdade que quero. Eu quero a liberdade de atender aos meus anseios.
M: Você é livre para satisfazer seus desejos. Na verdade, você não está fazendo nada além disso.
Q: Eu tento, mas há obstáculos que me deixam frustrado.
M: Supere-os.
Q: Eu não posso, sou muito fraco.
M: O que lhe torna fraco? O que é fraqueza? Os outros satisfazem seus desejos, por que você não?
Q: Eu devo estar com falta de energia.
M: O que aconteceu com sua energia? Para onde ela foi? Você não tem dispersado sua energia sobre tantas buscas e desejos contraditórios? Você não tem uma reserva infinita de energia.
Q: Por que não?
M: Seus objetivos são pequenos e baixos. Eles não pedem mais. Somente a energia de Deus é infinita - porque Ele não quer nada para Si. Seja como Ele e todos os seus desejos serão cumpridos. Quanto maiores os seus objetivos e mais vastos os seus desejos, mais energia você terá para o cumprimento deles. Deseje o bem de todos e o universo irá trabalhar com você. Mas se você quer o seu próprio prazer, você deve ganhá-lo da maneira mais difícil. Antes de desejar, mereça.
Q: Eu estou engajado no estudo da filosofia, sociologia e educação. Acho que mais desenvolvimento mental é necessário antes que eu possa sonhar com a autorealização. Estou no caminho certo?
M: Para ganhar sustento na vida algum conhecimento especializado é necessário. Conhecimentos gerais desenvolvem a mente, sem dúvida. Mas se você passar sua vida acumulando conhecimento, você construirá um muro em volta de si mesmo. Para ir além da mente, uma mente bem mobilada não é necessária.
Q: Então o que é necessário?
M: Desconfie de sua mente e vá além.
Q: O que irei encontrar além da mente?
M: A experiência direta de ser, conhecer e amar.
Q: Como podemos ir além da mente?
M: Há muitos pontos de partida - todos eles levam ao mesmo objetivo. Você pode começar com o trabalho abnegado, abandonando os frutos das ações; você pode então abandonar os pensamentos e acabar por abandonar todos os desejos. Aqui, abandonar (tyaga) é o fator operacional. Ou, você pode não se preocupar com nada que você venha a querer, pensar ou fazer e apenas ficar junto do pensamento e sentimento "eu sou", focando o "eu sou" firmemente em sua mente. Todo tipo de experiência poderá vir a você - permaneça imóvel no conhecimento de que tudo que é perceptível é passageiro e apenas o "eu sou" dura.
Q: Eu não posso dar toda a minha vida a tais práticas. Tenho meus deveres para atender.
M: De qualquer maneira atenda seus deveres. Ação, na qual você não está emocionalmente envolvido e que é benéfica e não causa sofrimento, não irá aprisioná-lo. Você pode estar envolvido em várias direções e trabalhar com enorme entusiasmo, ainda assim permanecer interiormente livre e tranquilo, com uma mente como um espelho que reflete tudo sem ser afetada.
Q: Tal estado pode ser alcançado?
M: Eu não iria falar sobre isso se não fosse. Por que eu me ocuparia com fantasias?
Q: Todas as pessoas citam as escrituras.
M: Aqueles que conhecem apenas as escrituras não sabem nada. Saber é ser. Eu sei o que estou falando, isso não é proveniente de leitura ou heresia.
Q: Estou estudando sânscrito com um professor, mas realmente estou somente lendo as escrituras. Estou em busca da autorealização e vim para receber a orientação necessária. Por favor, diga-me o que devo fazer?
M: Sendo que você leu as escrituras, por que você vem perguntar para mim?

Q: As Escrituras mostram as direções gerais mas o indivíduo necessita de instruções pessoais.
M: Seu próprio Ser é o seu mestre derradeiro (sadguru). O professor externo (Guru) é apenas um marco. É apenas o seu mestre interior que vai levá-lo até o objetivo, pois ele é o objetivo.
Q: O mestre interior não é facilmente alcançado.
M: Sendo que ele está em você e com você, a dificuldade não pode ser séria. Olhe para dentro e você vai encontrá-lo.
Q: Quando eu olho para dentro, encontro sensações e percepções, pensamentos e sentimentos, desejos e medos, memórias e expectativas. Fico imerso nessa nuvem e não vejo mais nada.
M: Esse que vê de tudo isso e vê o nada também, é o mestre interior. Ele apenas é, tudo o mais apenas parece ser. Ele é o seu próprio Ser (Swarupa), é sua esperança e garantia de liberdade, encontre-o e agarre-se a ele e você será salvo e estará seguro.
Q: Eu acredito em você, mas quando se trata da própria descoberta desse ser interior, sinto que ele me escapa.
M: Essa idéia "ele me escapa”, aonde ela surge?
Q: Na mente.
M: E quem conhece a mente.
Q: A testemunha da mente conhece a mente.
M: Alguém veio até você e disse: "Eu sou testemunha da sua mente”?
Q: Claro que não. Isso teria sido apenas uma outra idéia na mente.
M: Então quem é a testemunha?
Q: Eu sou.
M: Portanto, você conhece a testemunha porque você é a testemunha. Você não precisa ver a testemunha na sua frente. Aqui, novamente, ser é conhecer.
Q: Sim, vejo que eu sou a testemunha, a própria consciência. Mas de que forma isso me beneficia?
M: Que pergunta! Que tipo de benefício você espera? Saber o que você é não é bom o suficiente?
Q: Quais são os usos do autoconhecimento?
M: Ele ajuda você a entender o que você não é e o mantém livre de idéias, desejos e ações falsos.
Q: Se sou apenas a testemunha, o que importa o certo e o errado?
M: O que ajuda-o a conhecer a si mesmo é certo, o que impede, é errado. Conhecer nosso verdadeiro ser é bem-aventurança, esquecer é tristeza.
Q: A consciência-testemunha é o Ser real?
M: É o reflexo do real na mente (buddhi). O real está além. A testemunha é a porta pela qual você pode passar além.
Q: Qual é o objetivo da meditação?
M: Ver o falso como falso é meditação. Isso deve prosseguir o tempo todo.
Q: Nós somos orientados a meditar regularmente.
M: O exercício deliberado diário em discriminar entre o verdadeiro e o falso e a renúncia do falso é meditação. Existem muitos tipos de meditação para se começar, mas todos eles finalmente fundem-se em um único.
Q: Por favor me diga qual é o caminho mais curto para a autorealização.
M: Nenhum caminho é curto ou longo, mas algumas pessoas são mais sérias e sinceras e outras são menos. Eu posso dizer sobre mim. Eu era um homem simples mas confiei no meu Guru. O que ele me disse para fazer, eu fiz. Ele me disse para concentrar-me no "eu sou" - e eu o fiz. Ele me disse que eu estou além de tudo que é perceptível e concebível - eu acreditei. Eu dei a ele meu coração e minha alma, toda minha atenção e todo o meu tempo livre (eu tinha que trabalhar para manter minha família viva). Como resultado da fé e da aplicação sincera, Realizei meu Ser (Swarupa) no prazo de três anos.
Você pode escolher qualquer caminho que lhe seja conveniente; sua seriedade e seriedade vão determinar o ritmo do progresso.
Q: Não há nenhuma dica para mim?
M: Estabeleça-se firmemente na consciência do "eu sou". Esse é o início e também o fim de todo o esforço.