sexta-feira, 8 de maio de 2009

Siddharameshwar Maharaj - A raiz do nascimento

Quando a pessoa é iluminada pelo ensinamento dado pelo Sadguru, todos os quatro corpos (o físico, o sutil, o causal, e o Turya ou o grande corpo causal) são dissolvidos. Então, tudo se torna falso. De fato já é falso. Apenas “Um Estado” chama tudo de falso. Após deixar de lado todas as coisas, a mente se torna absorvida no “Um”. Então a pessoa torna-se aquilo que era o objetivo a ser alcançado. Torna-se aquela morada final da “liberdade total” (Sayujya Mukti). A pessoa torna-se a proprietária daquela “liberdade total”. Aquilo que permanece após abandonar o que é visível, é Brahman. Na ignorância, o observador e o observado são duas coisas. Quando aquilo que é observado for dissolvido, o observador ficará sozinho (sem nenhum objeto de observação). Aquilo é Brahman. No sono profundo, o ignorante desfruta daquele estado sem objetos inconscientemente, quando ele deixa para trás o mundo visível. Não se pode viver sem desfrutar desse contentamento. Aquele que não tem um sono apropriado, certamente irá abandonar o corpo, que é o “descanso final” da morte. O estado de sono profundo é uma necessidade tanto dos pobres como dos ricos. A felicidade do sono profundo é comum a todas as criaturas. Um homem pode possuir um milhão de rúpias ou pode estar esperando por um milhão de rúpias de alguém, mas ambos serão iguais no sono profundo. O maior pecador e o Yogi são iguais no sono profundo.
“Aquilo” que está além do visível, é o Ser (Self). Se discernirmos apropriadamente, o universo não é como ele parece ser. A ignorância é o que é falso, e tratá-la como Verdade também é ignorância. Conhecer o falso como falso, reconhecer o que é irreal é Conhecimento. Conhecer a realidade é Conhecimento Verdadeiro, mas considerar o irreal como sendo real é Ignorância. Os sábios vêem o falso como falso e experimentam adequadamente. Uma montanha é apenas uma acumulação de terra, não uma montanha. Quando você olha a cidade de Mumbai, a terra que é a essência, a realidade, não é vista. Se você a vê como terra, então Mumbai como uma cidade desaparece da sua vista. A liberação é reconhecer o que é verdadeiro e o que é falso. Tratar o falso como verdadeiro é aprisionamento. Aquele que abandona este mundo, conhecendo-o como falso, não retornará. Aquele que está convencido de que o mundo é falso, não tem desejo de retornar. Entretanto, o desejo não vai abandonar aquele que pensa que o mundo é verdadeiro. O desejo daqueles que não necessitam mais do mundo, morre. Ninguém mais os compele a tomar nascimento. A pessoa toma nascimento, ou nasce, de acordo com seu próprio desejo. A pessoa faz hoje as preparações para o seu próximo nascimento. Para aquele que é ignorante há a esperança de que ao menos ele terá felicidade no próximo nascimento. A pessoa ignorante diz: “O que mais eu farei se não tomar nascimento”. Há muitos que fazem doações para a caridade por causa de sua crença de que outro nascimento seja inevitável. Aqueles que são inteligentes sabem que esta aparência do mundo é falsa, tornando-se sem desejos e livres.
Medite no ensinamento dado pelo Sadguru e seguro-o bem perto do seu coração. Não se esqueça que você é o “Ser Um”. Ouça o Guru e medite sobre suas palavras com extremo respeito. Aquele que não fizer isso certamente mata-se a si mesmo. Aquele que tem que viver neste mundo não deveria extinguir “a lâmpada do conhecimento”. Aquele que mantém-se com a grande afirmação “eu sou Brahman”, é quem está intitulado para a liberação. Posteriormente, esse conceito, a observação de rituais e a própria grande afirmação, todos desaparecerão. Então, não há nem o visível nem o invisível. O “Estado Natural” é alcançado. A meditação, e o manter qualquer objeto na mente, ambos acabam. A imaginação é dissolvida. Ela submerge no não-conceitual. Então aquele que era chamado de “Sr. Tal e tal”, é Brahman, e apenas a consciência permanece. Isso é chamado de “Brahman sutil”. Esse é o Estado Natural. O sonho acaba e junto com ele todas as pessoas no sonho também desaparecem. Só Ele permanece. O prolongado sonho se vai e Brahman permanece sozinho. Então, somente Brahman sutil, que é pura Consciência, permanece. O aprisionamento do mundo, bem como o pecado e o mérito são todos terminados. As aparências terminam e apenas o observador permanece. Aquele que não tem nascimento é liberado. A ilusão manteve-o preso no triste ciclo de nascimentos e mortes, mas agora tudo isso é dissolvido. O Sadguru como a “brilhante luz do sol da liberdade” o encontrou, e a ele foi dada sua “própria natureza original”. Ele está convencido sobre Brahman sem ir e vir para nenhum lugar.