terça-feira, 25 de novembro de 2008

Gurdjieff - Liberdade


Liberdade leva à liberdade. Isso é verdade. Não verdade entre aspas, mas no sentido real. A verdade não é apenas teoria, nem apenas palavras, ela pode ser realizada, percebida. A liberdade de que falo é o objetivo de todas as escolas, de todas as religiões de todos os tempos. É algo muito grande. Todos consciente ou inconscientemente querem liberdade. Existem dois tipos de liberdade: a maior e a menor. Você não pode atingir a liberdade maior até que tenha atingido a liberdade menor. A liberdade maior é a liberação de nós mesmos das influências externas e a menor, das influências internas.
Para nós iniciantes a liberdade menor é uma coisa muito grande; ela não está ligada à nossa dependência das influências externas. A escravidão interior vem de muitas fontes; depende de muitas coisas independentes; às vezes de uma coisa às vezes de outra. Existem tantas, que se tivéssemos que lutar contra cada uma separadamente para podermos nos livrar delas, metade da vida não seria suficiente. Portanto devemos encontrar meios, um método de trabalho, que nos capacite destruir simultaneamente o maior número possível de inimigos dentro de nós, dos quais vêm essas influências. Dentre esses inimigos, dois dos principais são a vaidade e o amor -próprio ou auto-orgulho. Num certo ensinamento eles são chamados de emissários ou representantes do demônio, e por uma razão ou outra são referidos como Madame Vaidade e Mister Amor-Próprio.

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