A VOZ DE DENTRO
A grande pergunta sem resposta do homem tem uma resposta simples. A Voz Silenciosa dentro de cada homem está constantemente sussurrando essa resposta para a sua consciência desperta. Todo desejo escrito no coração do homem é levado para a fonte, e sua resposta está fadada a vir, mas poucos são os que pedem de forma abrangente e menos ainda são os que ouvem
São muitas eras de preparação para que nos tornemos dignos de ouvi-la, pois a consciência do homem está isolada de sua Fonte pelas sensações de seu corpo eletricamente condicionado as quais ele erroneamente pensa ser a sua Mente e seu Ser pessoal.
O que ele chama de sua mente humana objetiva é apenas a sede das sensações elétricas de seu corpo. O que ele confunde com sendo pensamento não é senão uma consciência elétrica de coisas sentidas e registradas dentro das células de seu cérebro para o uso repetitivo através do que é chamado de "memórias". As memórias não têm mais relação com o conhecimento da Mente Universal que está no homem do que os gravações de uma Vitrola estão relacionadas com a fonte de suas gravações.
O que ele pensa como sendo seu corpo vivo é apenas uma máquina eletricamente motivada que simula a vida através do movimento estendido a ela a partir de sua Alma-Ser centralizadora que é de fato quem vive e faz o corpo se mover.
O que ele chama de sua mente subjetiva é a sua consciência, seu armazém espiritual de todo conhecimento, todo o poder e toda presença. Essa consciência é o seu Ser, seu Eu eterno através do qual sua onisciência, onipresença e onipotência são expressos conforme ele lentamente se torna ciente dessa presença dentro de si mesmo.
Os fios-nervosos elétricamente oscilantes que operam o seu mecanismo corporal agem quase que inteiramente através de reflexos automáticos e controle instintivo, e em muito pequena medida através de decisões mentais. Cada célula e órgão do seu corpo tem uma consciência elétrica de sua finalidade e cada um cumpre esse objetivo, sem nenhuma ação mental por parte da Inteligência que ocupa esse corpo. O batimento cardíaco, por exemplo, é puramente automático. Os glóbulos brancos do sangue correm para reparar uma lesão no corpo de maneira tão automaticamente quanto uma campanhia que soa quando um botão é pressionado.
Neste corpo e em seu gravador elétrico (seu cérebro), o homem acha que ele mesmo pensa e vive, ama e morre. Ele acha-se consciente enquanto acordado e inconsciente durante o sono; sem saber que em toda a Natureza não existe tal condição como a inconsciência quando a sensação cessa durante o sono.
O homem não diz que seu dente está inconsciente quando ele é posto para dormir por um curto-circuito na corrente elétrica no fio nervoso que dá consciência elétrica sensorial para seu dente. Ele sabe que seu dente não pode ser consciente, mas ao mesmo tempo ele não percebe que seu corpo não pode ser consciente.
Ele também não sabe ainda que a consciência nunca dorme, nunca muda, pois a consciência no homem é a sua imortalidade. É a luz que ele está inconscientemente buscando, mas assume que a sensação de seu cérebro é o seu pensamento.
O homem ainda é novo. Ele acabou de sair da escuridão de sua selva. Por um milhão ou mais anos de sua manifestação, ele tem se apoiado na sensação para suas ações e nas evidências de seus sentidos para o seu conhecimento.
Ele tem se dado conta do espírito nele mesmo apenas há alguns poucos milhares de anos. Neste início de sua nova consciência ele está confuso, não sabendo o que é a Mente nele, o que é a consciência nele e o que é a sensação.
Ele ainda não aprendeu que os corpos são apenas mecanismos auto-criados, que manifestam seu Ser centralizador, e que esse Ser manifesta Deus como sendo um com ele mesmo. Da mesma forma que ele ainda não aprendeu que os corpos nem vivem nem morrem, mas se repetem continuamente e para sempre assim como toda a ideia de Mente da mesma forma se repete.
A roda, por exemplo, é um mecanismo que consiste num eixo, raios e um aro. Uma pequena parte da roda toca e sente o chão, em seguida, sai da roda para desaparecer do alcance das sensações que ligam aro, raios e solo.
Mas, então, reaparece. Quando isso acontece ao homem, dizemos: "Ele nasceu, viveu e morreu." Quando isso acontece com uma maçã, uma chama, ou uma árvore, nós dizemos: "A maçã foi comida, a chama se apagou e a árvore apodreceu."
Dizemos isso porque apenas uma pequena parte do ciclo de qualquer idéia chega dentro do alcance dos nossos sentidos. A maior parte do ciclo está fora do nosso campo de percepção, assim como a maior parte da roda está além da percepção do sentido do solo.
Nós ainda não sabemos que a parte invisível dos ciclos de toda a ideia é tão contínua como a roda é contínua. O ciclo da maçã é a luz que chega do sol e terra para aquela metade positiva do ciclo da maçã que temos em nossas mãos. A metade negativa do ciclo é luz que retorna ao sol e a terra para a repetição como uma outra manifestação da idéia eterna da maçã.
O mesmo é verdade para a chama, a árvore ou qualquer outra parte de toda a Ideia Una da criação.
A chama pode "extinguir" à nossa detecção. Mas ela ainda É. Da mesma forma da a árvore, a floresta, a montanha, o planeta e a nebulosa dos céus mais distantes aparecem, desaparecem e com certeza reaparecem.
Da mesma forma o homem aparece para desaparecer e reaparecer de novo e de novo em inúmeros ciclos para expressar a vida eterna do espírito em repetições eternas daquela parte do ciclo do homem que o corpo do homem pode sentir.
O homem nunca morre. Ele é tão contínuo quanto a eternidade é contínua. Jesus disse corretamente que o homem não verá a morte, pois não existe morte para ver ou conhecer.
Da mesma forma o corpo do homem não vive, e por nunca ter vivido não pode morrer. Somente o espírito vive. O corpo apenas manifesta o espírito. Aquilo que nós pensamos como sendo a vida no espírito do homem manifesta-se ao arbitrar o corpo a agir.
As ações assim produzida pelo organismo, sob o comando da sua Alma centralizadora não têm poder ou inteligência motivadora em si mesmas; elas são apenas máquinas motivadas por uma inteligência onisciente e onipotente estendida a elas.
Essas coisas ainda não sabemos, pois o homem está em sua infância. Ele está apenas começando a conhecer a Luz.
SEJEIS TRANSFORMADOS PARA SEMPRE
O homem está sempre buscando a Luz para guiá-lo nessa estrada longa tortuosa que conduz da selva de seu corpo para o topo da montanha de sua alma desperta.
O homem está eternamente encontrando a Luz, e está eternamente sendo transformado cada vez que ele a encontra. E conforme a encontra ele gradualmente encontra o ser dele, que É a luz.
E conforme torna-se mais e mais transformado pelo Luz-Deus do Ser desperto dentro dele, ele deixa a selva mais longe abaixo dele no escuro.
Há aqueles que buscam a Luz que estão desanimados porque eles aparentemente não podem encontra-la, totalmente inconscientes que eles têm encontrado a Luz eternamente. Os desavisados esperam encontra-la toda de uma vez em algum ofuscante clarão de todo-poder, todo conhecimento e todo-presença.
Isso não vem dessa maneira até que a pessoa esteja chegando perto do seu topo da montanha. O homem não pode suportar muito da Luz de uma vez, enquanto seu corpo ainda é novo e muito perto de sua selva. Todos os que estão bem fora da selva já encontraram o suficiente da Luz para iluminar seu caminho para fora de suas profundezas escuras.
Aquele que está longe da selva e ainda procura a Luz nos céus mais elevados está para sempre encontrando-na, e está para sempre sendo transformado conforme a encontra.
Não se pode nem por um momento tirar os olhos de seu céu elevado, pois sempre um leve vislumbre abaixo na escuridão traz-lhe de volta aos medos do escuro, que tentá-lo a mergulhar de volta para eles.
Olhai, pois, sempre para cima, para os céus mais elevados de inspiração, onde a glória aguarda os destemido e oniscientes buscadores da Beleza na pureza da Luz universal.
Para aquele cujos olhos estão nos céus mais elevados, a Luz para sempre virá, e ele será transformado para sempre conforme a encontrar.
A estrada escura que vai de sua selva para o seu topo da montanha de glória torna-se cada vez mais iluminada durante a subida do corpo para o espírito.
É uma estrada difícil mas gloriosa para se trilhar. Todos devem trilhar a subida