Quem é este ‘Eu’?
Entretanto, antes de que seja abandonado, temos que descobrir exatamente aonde esse 'eu' reside. É apenas quando encontramos o 'eu', que podemos falar em abandoná-lo.
O aspirante deveria iniciar a busca por esse 'eu' em seu próprio centro. Ele nunca será encontrado fora de nós. Em cada ser humano o sentido de 'eu', ou ego; e de 'meu', o sentimento de posse; está preenchendo-nos até a borda. Todas as ações no mundo são realizadas pela força desse ego, e o sentido de 'meu'. Para rastrearmos esse 'eu' vamos primeiro examinar nosso próprio corpo físico grosseiro*, que parece tão próximo de nós. Após analisa-lo, vamos ver se esse 'eu' pode ser encontrado em algum lugar do corpo.
(* A investigação do 'eu' continua depois nos outros três corpos, isto é, no corpo sutil, no corpo causal e no grande corpo causal, no capítulo “A investigação dos quatro corpos– em busca do 'eu'” do livro “a chave mestra para a Realização do Ser”)
O que é um corpo? É uma reunião do conjunto de partes (ou membros), tais como mãos, pés, boca, nariz, ouvidos, olhos, etc. A reunião de todas essas partes é chamada de “corpo”. Dessas várias partes, vamos descobrir qual delas é o 'eu'. Podemos dizer que a mão é “eu”, mas se a mão for cortada, ninguém irá dizer 'eu fui cortado', ou 'fui descartado'. Suponha que os olhos fiquem cegos. Ninguém diz 'fui embora', ou se o estômago está inchado, ninguém fala, 'eu estou inchado'. Não, ao invés dizemos “minha mão foi cortada”, ou “meus olhos cegaram”, ou “meu estomago inchou”. Todas essas partes são chamadas “meu corpo”. Olhando dessa maneira, pode facilmente ser visto que aquele que afirma ser o proprietário de todos esses membros, e mesmo do próprio corpo, realmente é alguém que é diferente do corpo que ele chama de sua propriedade.
Afirmamos acima que o 'eu' não é nenhuma parte, ou nenhum dos membros do corpo grosseiro, mas que todos as partes são consideradas como “minhas”. Existe uma verdade geral estabelecida, ou uma máxima, que diz: “Onde não existe o 'eu', não pode existir nada que possa ser chamado de 'meu'”. Dessa máxima, procede que o corpo e os membros na verdade não pertencem a “mim”, sendo que não há nenhum 'eu' residindo ali. A mesma máxima se aplica no caso seguinte: se 'eu' não resido na casa do vizinho, pode a casa do vizinho, ou os pertences e partes associadas a ela pertencerem a mim? Se alguém quiser verificar a verdade da máxima “onde não há o eu, não pode haver nada de meu”, é só ir na casa do vizinho e dizer “eu sou o amo aqui e a mulher desta família também é minha”. Se você tentar mostrar o seu sentido de 'meu' à mulher daquela casa, e começar a fazer investidas na direção dela, rapidamente você verá que tipo de experiência você terá. O verdadeiro dono daquela casa irá lhe bater tão forte que você logo perceberá que “eu não sou o amo aqui, e ela não é minha”. Da mesma maneira, quando o 'eu' não pode ser traçado em nenhum lugar no corpo então como pode ser dito que as partes do corpo e suas tendências pertencem a 'mim'. Se você ainda insiste em chamá-lo de seu, descubra porquê, e também olhe atentamente para a condição de todos os seres humanos que olham para seu corpo como sendo deles, e agem dessa maneira.
Era uma vez, um homem chamado “Gomaji Ganesh” que vivia numa cidade chamada Andheri. Certa vez, esse homem estabeleceu um costume nos Tribunais de Justiça que nenhuma ordem ou documento poderia ser aceito como legal a menos que levasse o selo com seu nome nele, juntamente com as palavras “A porta de bronze”. A partir desse momento, todos os oficiais daquele município apenas aceitavam um documento como sendo legal se portasse o selo de “Gomaji Ganesh, A porta de bronze”. Esse procedimento para legalizar documentos continuou por um longo tempo até que eventualmente o selo tornou-se oficialmente parte do sistema legal da cidade de Andheri, e ninguém jamais investigou a respeito de quem esse “Gomaji Ganesh” era. Conforme o tempo passou, aconteceu que um dia um documento importante que não portava o selo oficial “Gomaji Ganesh, A porta de bronze” foi citado como evidência num caso arquivado no Tribunal de Justiça. Com exceção do fato de que esse documento não tinha o selo oficial, ele era completamente legal de acordo com todos os outros pontos da lei e procedimentos ordinários. Numa certa altura do caso, uma objeção foi levantada de que o documento não deveria ser aceito como uma evidência pois não continha o selo oficial “Gomaji Ganesh, A porta de bronze”.
Naquele momento, um homem corajoso que representava uma das partes do processo argumentou perante o juiz que o documento era perfeitamente válido, pois continha todas as assinaturas relevantes dos atuais oficiais do governo. Ele argumentou: “Por que o documento não deveria ser admissível uma vez que é perfeitamente legal, exceto por não conter o selo do Sr. Gomaji Ganesh?” Então, ele questionou a legalidade do próprio selo. Consequentemente, a legalidade do selo foi tornada um assunto de contenda. Até aquele dia, ninguém tinha se aventurado a trazer esse assunto diante do Tribunal de Justiça. Uma vez que havia surgido agora pela primeira vez, foi decidido que uma posição deveria ser tomada em relação à legalidade desse selo.
Curioso a respeito de como o procedimento do selo da “Porta de Bronze” veio a surgir, o próprio juiz tomou o assunto em mãos para investigar. Quando completada sua investigação, ele descobriu que muitos anos atrás, no passado, um homem de nenhum status particular, um tal Sr. “Gomaji Ganesh”, tinha tomado vantagem do governo mal administrado de seu tempo e colocado seu próprio nome num selo que era para ser usado por todos os documentos oficiais. Daquele tempo em diante, todos os oficiais do governo simplesmente continuaram seguindo cegamente a tradição. De fato, o juiz descobriu que o Sr. Gomaji Ganesh era um homem sem importância nenhuma, que não tinha autoridade de nenhum tipo. Quando o juiz fez essa descoberta, uma decisão foi tomada pelo Tribunal de que o selo não era mais necessário para documentos legais. A partir daquele dia, o selo passou a ser olhado como ridículo.
Naquele momento, um homem corajoso que representava uma das partes do processo argumentou perante o juiz que o documento era perfeitamente válido, pois continha todas as assinaturas relevantes dos atuais oficiais do governo. Ele argumentou: “Por que o documento não deveria ser admissível uma vez que é perfeitamente legal, exceto por não conter o selo do Sr. Gomaji Ganesh?” Então, ele questionou a legalidade do próprio selo. Consequentemente, a legalidade do selo foi tornada um assunto de contenda. Até aquele dia, ninguém tinha se aventurado a trazer esse assunto diante do Tribunal de Justiça. Uma vez que havia surgido agora pela primeira vez, foi decidido que uma posição deveria ser tomada em relação à legalidade desse selo.
Curioso a respeito de como o procedimento do selo da “Porta de Bronze” veio a surgir, o próprio juiz tomou o assunto em mãos para investigar. Quando completada sua investigação, ele descobriu que muitos anos atrás, no passado, um homem de nenhum status particular, um tal Sr. “Gomaji Ganesh”, tinha tomado vantagem do governo mal administrado de seu tempo e colocado seu próprio nome num selo que era para ser usado por todos os documentos oficiais. Daquele tempo em diante, todos os oficiais do governo simplesmente continuaram seguindo cegamente a tradição. De fato, o juiz descobriu que o Sr. Gomaji Ganesh era um homem sem importância nenhuma, que não tinha autoridade de nenhum tipo. Quando o juiz fez essa descoberta, uma decisão foi tomada pelo Tribunal de que o selo não era mais necessário para documentos legais. A partir daquele dia, o selo passou a ser olhado como ridículo.
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Da mesma maneira, deveríamos investigar sobre o sentido de ‘eu’, e como ele domina tudo com o selo do ‘eu’ e ‘meu’, assim como o selo do Sr. Gomaji Ganesh descrito na história acima.
É uma regra geral ou um princípio da natureza, que se duas coisas são combinadas, uma terceira coisa é produzida. Por exemplo, a combinação de uma linha com algumas flores produz uma guirlanda que anteriormente não existia. Até mesmo o nome dos objetos que foram responsáveis por produzir a guirlanda desaparece assim que a guirlanda vem à existência. A guirlanda passa então a ser conhecida por seu próprio rótulo. Os rótulos de “flores” e “linha” tornam-se extintos, e o novo nome “guirlanda” é usado, e com esse novo nome, novas ações seguintes são realizadas. Com o contato da água com a terra surge o barro; consequentemente os rótulos “água” e “terra” tornam-se extintos. Da mesma maneira, pedras, tijolos, barro e cimento são unidos e uma terceira coisa chamada “muro” aparece diante de nossos olhos, enquanto que as pedras, tijolos, barro e cimento simplesmente somem de nossa vista.
É através da união do Conhecimento e da Ignorância que uma coisa peculiar chamada “intelecto” vem à existência, e é através desse “intelecto” que o contato com o mundo emerge. O ouro e o ourives unem-se e produzem uma terceira coisa que aparece diante de nossos olhos como um ornamento. O ornamento é visto e o ouro e o ourives são esquecidos. Na verdade, se alguém tentasse descobrir se existe uma coisa tal como um “ornamento” no ouro, essa pessoa não veria nada além de ouro. Se falamos para alguém trazer um ornamento sem tocar no ouro, o que ele poderia trazer? A coisa que chamamos de ornamento simplesmente sumiria.
Da mesma maneira, da união de Brahman (o absoluto) e Maya (ilusão), o ladrão chamado 'eu' surgiu orgulhosamente dizendo 'eu', e erguendo sua cabeça saiu proclamando soberania sobre ambos Brahman e Maya. Esse 'eu', ou ego, é o filho de uma mulher estéril (maya), que tenta estabelecer soberania ilimitada sobre o universo inteiro. Se observarmos os pais desse 'eu', fica claro que é impossível para eles darem a luz a tal filho. A mãe da criança é Maya, a qual não existe. Do útero de Maya, o 'eu' saiu. Supõe-se que ele tenha sido produzido pela “energia da vida”. No entanto, essa energia da vida (Brahman) não tem sexo, e nem mesmo proclama ser a 'fazedora', então os leitores podem imaginar que tipo de 'eu' é esse.
Como descrito acima, a existência do 'eu' é só no nome. Ainda assim, como o Sr. Gomaji Ganesh, ele anuncia seu nome por toda parte como 'eu'. E vai por aí dizendo “eu sou sábio, eu sou grande, eu sou pequeno”, o tempo todo tendo esquecido de onde ele veio. Em vez disso, ele começa a glorificar a si mesmo como 'eu', como o gato que toma leite com os olhos fechados sem estar ciente do pau que está para atingí-lo pelas costas. Assim que ele aceita um direito, ou um privilégio, ele deve também aceitar a responsabilidade que vem junto com isso. Assim que uma pessoa fala: “eu sou o realizador de um certo ato”, esse 'eu' deve gozar dos frutos de tal ação. A apreciação ou o sofrimento dos frutos, ou dos resultados da ação, estão vinculados à própria ação e à identificação como sendo o fazedor.
Na verdade não existe tal coisa como um 'eu'. Toda a 'propiedade de realizar ações' (doership) que é a força motivadora por detrás do 'eu' está contida somente em Brahman. Entretanto, Brahman é tão esperto, que no momento que ele encontra alguém que se orgulha em ser o “fazedor”, ele deixa toda a responsabilidade pelas ações sobre aquele 'eu' e permanece não comprometido com aquilo. Consequentemente, o pobre 'eu', está destinado a revolver na roda do nascimento e da morte. No exemplo da guirlanda mencionado acima, o nome “guirlanda” surgiu depois que os nomes “linha” e “flores” foram esquecidos. Quando a guirlanda seca, é dito que a guirlanda secou, ninguém diz que as flores secaram, dizem que a guirlanda secou, ou se a linha se rompe, dizem que a guirlanda se rompeu. Isso indica que a “fazedura”(doership) do objeto original é imposta sobre o terceiro objeto devido ao orgulho, ou à identificação com o objeto. Da mesma forma, uma série de misérias assolam o 'eu' inexistente. Se a pessoa quer livrar-se da miséria, ela deve abandonar o 'eu'.
É através da união do Conhecimento e da Ignorância que uma coisa peculiar chamada “intelecto” vem à existência, e é através desse “intelecto” que o contato com o mundo emerge. O ouro e o ourives unem-se e produzem uma terceira coisa que aparece diante de nossos olhos como um ornamento. O ornamento é visto e o ouro e o ourives são esquecidos. Na verdade, se alguém tentasse descobrir se existe uma coisa tal como um “ornamento” no ouro, essa pessoa não veria nada além de ouro. Se falamos para alguém trazer um ornamento sem tocar no ouro, o que ele poderia trazer? A coisa que chamamos de ornamento simplesmente sumiria.
Da mesma maneira, da união de Brahman (o absoluto) e Maya (ilusão), o ladrão chamado 'eu' surgiu orgulhosamente dizendo 'eu', e erguendo sua cabeça saiu proclamando soberania sobre ambos Brahman e Maya. Esse 'eu', ou ego, é o filho de uma mulher estéril (maya), que tenta estabelecer soberania ilimitada sobre o universo inteiro. Se observarmos os pais desse 'eu', fica claro que é impossível para eles darem a luz a tal filho. A mãe da criança é Maya, a qual não existe. Do útero de Maya, o 'eu' saiu. Supõe-se que ele tenha sido produzido pela “energia da vida”. No entanto, essa energia da vida (Brahman) não tem sexo, e nem mesmo proclama ser a 'fazedora', então os leitores podem imaginar que tipo de 'eu' é esse.
Como descrito acima, a existência do 'eu' é só no nome. Ainda assim, como o Sr. Gomaji Ganesh, ele anuncia seu nome por toda parte como 'eu'. E vai por aí dizendo “eu sou sábio, eu sou grande, eu sou pequeno”, o tempo todo tendo esquecido de onde ele veio. Em vez disso, ele começa a glorificar a si mesmo como 'eu', como o gato que toma leite com os olhos fechados sem estar ciente do pau que está para atingí-lo pelas costas. Assim que ele aceita um direito, ou um privilégio, ele deve também aceitar a responsabilidade que vem junto com isso. Assim que uma pessoa fala: “eu sou o realizador de um certo ato”, esse 'eu' deve gozar dos frutos de tal ação. A apreciação ou o sofrimento dos frutos, ou dos resultados da ação, estão vinculados à própria ação e à identificação como sendo o fazedor.
Na verdade não existe tal coisa como um 'eu'. Toda a 'propiedade de realizar ações' (doership) que é a força motivadora por detrás do 'eu' está contida somente em Brahman. Entretanto, Brahman é tão esperto, que no momento que ele encontra alguém que se orgulha em ser o “fazedor”, ele deixa toda a responsabilidade pelas ações sobre aquele 'eu' e permanece não comprometido com aquilo. Consequentemente, o pobre 'eu', está destinado a revolver na roda do nascimento e da morte. No exemplo da guirlanda mencionado acima, o nome “guirlanda” surgiu depois que os nomes “linha” e “flores” foram esquecidos. Quando a guirlanda seca, é dito que a guirlanda secou, ninguém diz que as flores secaram, dizem que a guirlanda secou, ou se a linha se rompe, dizem que a guirlanda se rompeu. Isso indica que a “fazedura”(doership) do objeto original é imposta sobre o terceiro objeto devido ao orgulho, ou à identificação com o objeto. Da mesma forma, uma série de misérias assolam o 'eu' inexistente. Se a pessoa quer livrar-se da miséria, ela deve abandonar o 'eu'.
Entretanto, antes de que seja abandonado, temos que descobrir exatamente aonde esse 'eu' reside. É apenas quando encontramos o 'eu', que podemos falar em abandoná-lo.
O aspirante deveria iniciar a busca por esse 'eu' em seu próprio centro. Ele nunca será encontrado fora de nós. Em cada ser humano o sentido de 'eu', ou ego; e de 'meu', o sentimento de posse; está preenchendo-nos até a borda. Todas as ações no mundo são realizadas pela força desse ego, e o sentido de 'meu'. Para rastrearmos esse 'eu' vamos primeiro examinar nosso próprio corpo físico grosseiro*, que parece tão próximo de nós. Após analisa-lo, vamos ver se esse 'eu' pode ser encontrado em algum lugar do corpo.
(* A investigação do 'eu' continua depois nos outros três corpos, isto é, no corpo sutil, no corpo causal e no grande corpo causal, no capítulo “A investigação dos quatro corpos– em busca do 'eu'” do livro “a chave mestra para a Realização do Ser”)
O que é um corpo? É uma reunião do conjunto de partes (ou membros), tais como mãos, pés, boca, nariz, ouvidos, olhos, etc. A reunião de todas essas partes é chamada de “corpo”. Dessas várias partes, vamos descobrir qual delas é o 'eu'. Podemos dizer que a mão é “eu”, mas se a mão for cortada, ninguém irá dizer 'eu fui cortado', ou 'fui descartado'. Suponha que os olhos fiquem cegos. Ninguém diz 'fui embora', ou se o estômago está inchado, ninguém fala, 'eu estou inchado'. Não, ao invés dizemos “minha mão foi cortada”, ou “meus olhos cegaram”, ou “meu estomago inchou”. Todas essas partes são chamadas “meu corpo”. Olhando dessa maneira, pode facilmente ser visto que aquele que afirma ser o proprietário de todos esses membros, e mesmo do próprio corpo, realmente é alguém que é diferente do corpo que ele chama de sua propriedade.
Afirmamos acima que o 'eu' não é nenhuma parte, ou nenhum dos membros do corpo grosseiro, mas que todos as partes são consideradas como “minhas”. Existe uma verdade geral estabelecida, ou uma máxima, que diz: “Onde não existe o 'eu', não pode existir nada que possa ser chamado de 'meu'”. Dessa máxima, procede que o corpo e os membros na verdade não pertencem a “mim”, sendo que não há nenhum 'eu' residindo ali. A mesma máxima se aplica no caso seguinte: se 'eu' não resido na casa do vizinho, pode a casa do vizinho, ou os pertences e partes associadas a ela pertencerem a mim? Se alguém quiser verificar a verdade da máxima “onde não há o eu, não pode haver nada de meu”, é só ir na casa do vizinho e dizer “eu sou o amo aqui e a mulher desta família também é minha”. Se você tentar mostrar o seu sentido de 'meu' à mulher daquela casa, e começar a fazer investidas na direção dela, rapidamente você verá que tipo de experiência você terá. O verdadeiro dono daquela casa irá lhe bater tão forte que você logo perceberá que “eu não sou o amo aqui, e ela não é minha”. Da mesma maneira, quando o 'eu' não pode ser traçado em nenhum lugar no corpo então como pode ser dito que as partes do corpo e suas tendências pertencem a 'mim'. Se você ainda insiste em chamá-lo de seu, descubra porquê, e também olhe atentamente para a condição de todos os seres humanos que olham para seu corpo como sendo deles, e agem dessa maneira.
O ser humano esquece seu Verdadeiro Ser e não entende quem ele realmente é. Portanto, tem de tomar muitos nascimentos em inúmeras espécies. Às vezes ele se torna um verme que transita num excremento. Às vezes torna-se um novilho e fica preso girando em círculos numa moenda. Às vezes torna-se um asno e trabalha duro chafurdando num monte de lixo. Quantas misérias se tem de sofrer é quase impossível de descrever. Após passar por nascimentos em todas as outras espécies, finalmente tem-se a boa sorte de nascer como um ser humano. Esse nascimento no corpo humano é único, sendo que ele tem a capacidade de um intelecto superior e de discriminação a fim de que possamos conhecer a Deus, o “Ser definitivo”.
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