- Como pode uma parte do mundo abandonar o mundo?
Como pode a umidade abandonar a água? - Não tente apagar o fogo
colocando mais fogo nele!
Não lave uma ferida com sangue! - Não importa o quão rápido você correr,
sua sombra, mais do que acompanhá-lo.
Algumas vezes, vai estar na frente! - Apenas o sol totalmente a pino
diminui a sua sombra. - Mas aquela sombra tem servido você!
O que lhe machuca, lhe abençoa.
A escuridão é a sua vela.
Seus limites são sua busca. - Eu poderia explicar, mas isso quebraria
a casca de vidro do seu coração
e para isso não há conserto. - Você deve ter a fonte de ambas, luz e escuridão.
Escute e recoste sua cabeça sob a árvore do temor.
Quando dessa árvore, penas e asas brotarem
em você, fique mais quieto que um pombo.
Não abra sua boca nem mesmo para um coooooooo. - Quando um sapo desliza para a água, a cobra
não pode pegá-lo. Então o sapo sobe novamente
e coaxa e a cobra vai atrás dele de novo. - Mesmo se o sapo aprendesse a sibilar, ainda assim a cobra
escutaria através do sibilo a informação
que precisava: a voz do sapo por trás. - Mas o sapo poderia ficar completamente em silêncio,
assim a cobra voltaria a dormir
e o sapo poderia alcançar a cevada. - A alma vive ali na respiração silenciosa.
- E o grão da cevada é tal que,
quando você o coloca no chão,
ele germina. - Estas palavras são o bastante
ou devo espremer mais suco delas?
Quem sou eu, meu amigo?
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Jalaluddin Rumi - Palavras o bastante?
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