Para ter consciência do Ser (Self) e ter a experiência da Sobre-Alma (Paramatma), a alma deve perder a consciência dos corpos grosseiro, sutil e mental. Mas enquanto a alma estiver impressionada por impressões grosseiras, sutis ou mentais, a alma, consistente e respectivamente tem consciência do corpo grosseiro, do corpo sutil ou do corpo mental e persistente e necessariamente passa por experiências grosseiras, sutis e mentais. A razão óbvia para isso é que, enquanto a consciência da alma estiver impressionada pelas impressões grosseiras, não há saída, exceto enfrentar essas impressões grosseiras através do corpo grosseiro. Do mesmo modo, enquanto a consciência da alma estiver impressionada com impressões sutis, não há saída, exceto a experiência dessas impressões sutis através do corpo sutil. Do mesmo modo, enquanto a consciência da alma estiver impressionada com impressões mentais, não há saída, senão experimentar essas impressões mentais através do corpo mental. Conforme as impressões grosseiras, sutis e mentais se esvaem ou desaparecem completamente, a consciência da alma é automática e obviamente direcionada e focada para si mesma, e essa alma, então, não tem outra alternativa senão absorver a experiência da Sobre-Alma.
Agora, os corpos grosseiro, sutil e mental não são nada além de sombras da alma. As esferas (mundos) grosseiro, sutil e mental não são nada além de sombras da Sobre-Alma. Os corpos grosseiro, sutil e mental são finitos, têm formas e são mutáveis e destrutíveis. Os mundos grosseiro, sutil e mental são falsos, são zero, imaginação e sonhos vagos. A única realidade é a Sobre-Alma (Paramatma). Portanto, quando a alma com seus corpos grosseiro, sutil e mental experimenta os mundos grosseiro, sutil e mental, a alma experimenta, na realidade, as sombras da Sobre-Alma com a ajuda das suas próprias sombras. Em outras palavras, a alma com suas formas finitas e destrutíveis experimenta falsidade, zero, imaginação e um sonho vago. Apenas quando a alma experimenta a Sobre-Alma com o seu Ser é que experimenta o Real com a realidade. Quando a alma é consciente do seu corpo grosseiro, então essa alma se identifica com o corpo grosseiro e considera-se como sendo o corpo grosseiro. Isso significa que a alma infinita, eterna, sem forma, encontra-se como finita, mortal e com forma. As impressões (sanskaras) são a causa dessa ignorância. No início a alma, que está eternamente na Sobre-Alma, primeiro adquire ignorância através de impressões, em vez de adquirir conhecimento. Quando a alma adquire uma forma particular (um corpo ou sharir), de acordo com impressões particulares, ela sente-se e experimenta-se como sendo aquela forma particular.
A alma na sua forma de pedra experimenta-se como pedra. Assim, no devido tempo, a alma experimenta e considera-se como sendo metal, vegetal, verme, peixe, ave, animal, homem ou mulher. Qualquer que seja o tipo de forma grosseira e qualquer que seja a configuração da forma, a alma espontaneamente associa-se com essa forma, figura e configuração, e experimenta que ela própria é aquela forma, figura e configuração. Quando a alma está consciente do corpo sutil, então essa alma experimenta que ela é o corpo sutil. Quando a alma se torna consciente do corpo mental, então essa alma experimenta que ela é o corpo mental. É apenas por causa das impressões (nuqush-e-Amal ou sanskaras) que a alma, sem forma, a Alma Infinita, experimenta que é genuinamente um corpo grosseiro (sthul sharir), ou um corpo sutil (pran) ou um corpo mental ( mana ou mente). A alma, enquanto experimenta o mundo grosseiro através das formas grosseiras, associa-se e desassocia-se de inumeráveis formas grosseiras. A associação e a dissociação com formas grosseiras denomina-se nascimento e morte, respectivamente.
É só por causa das impressões que a alma eterna, imortal, existindo na realidade, sem nascimentos e sem mortes, tem que experimentar nascimentos e mortes incontáveis vezes. Enquanto a alma tem de se submeter a essa experiência de inúmeros nascimentos e mortes por causa das impressões, ela não só tem de experimentar o mundo grosseiro, que é uma sombra da Sobre-Alma e que é falso, mas juntamente com isso, a alma também tem de experimentar felicidade e miséria, virtude e vício do mundo grosseiro.
É só por causa das impressões que a alma, que está além e é livre da felicidade e miséria, virtude e vício, tem necessariamente de se submeter a experiências de miséria e de felicidade, de vício e de virtude. Portanto, é estabelecido que as experiências de nascimentos e mortes, felicidade e miséria, virtude e vício são sentidos somente pela forma grosseira da alma, enquanto experimenta o mundo grosseiro; mas a forma grosseira da alma é uma sombra da alma e o mundo grosseiro é uma sombra da Sobre-Alma. Assim, todas as experiências de nascimentos e mortes, virtude e vício, felicidade e sofrimento vividas pela alma não são nada além de experiências da sombra. Por isso, tudo o que é assim experimentado é falso.
A fim de clarificar essa relação "atma-Paramatma" (alma com a Sobre-Alma) nós comparamos Paramatma com um infinito oceano, um oceano sem limites, e a atma como uma gota nesse oceano. A atma nunca está fora desse oceano ilimitado (Paramatma). A atma não pode nunca estar fora de Paramatma porque Paramatma é infinita e ilimitada. Como pode a atma sair ou ter um lugar além da ilimitação sem limites? Portanto a atma está em Paramatma.
Após estabelecer o fato principal de que a atma está em Paramatma vamos um passo adiante e dizer que a atma é Paramatma. Como? Por exemplo, vamos imaginar um oceano sem limites. Vamos também imaginar que separamos ou que retiramos uma parcela mínima de oceano da vastidão ilimitada desse oceano. Segue-se então que, essa porção mínima de oceano, enquanto estava dentro do oceano sem limites, antes da separação, é o próprio oceano e não está lá no oceano como uma parcela mínima do oceano, porque cada parcela do oceano, quando não está limitada pelas limitações da gota, é o oceano ilimitado.
É somente quando uma parcela mínima do oceano for separada do oceano ilimitado, ou retirada do oceano ilimitado como uma gota, que essa porção do oceano obterá sua existência separada como uma gota do oceano sem limites, e que essa parcela mínima de oceano começará a ser olhada como uma gota do oceano ilimitado. Em outras palavras, o próprio oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras é agora encarado meramente como uma gota daquele oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras. E, em comparação com aquele oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras essa porção de oceano, ou essa gota de uma parcela mínima de oceano, é muito mais limitada e mais finita com infinitas limitações. Isto é, aquela porção infinitamente livre se encontra infinitamente aprisionada.
Similarmente, a atma, que temos comparado com uma gota do infinito oceano, obtém uma aparente existência separada, embora, na realidade, ela não pode nunca estar fora da ilimitação do ilimitado, infinito Paramatma, o qual temos comparado com o oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras. Mas tal como a parcela mínima de oceano adquire sua limitação como uma gota através de estar sob a forma de uma bolha na superfície do oceano, e a bolha confere à parcela mínima de oceano uma existência aparentemente separada do infinito oceano, do mesmo modo, a atma, que está em Paramatma e é Paramatma, aparentemente experimenta existência separada da infinita Paramatma através das limitações de uma bolha (de ignorância), com o qual a atma se encobre. Assim que a bolha da ignorância estoura, a atma não só descobre-se em Paramatma mas experimenta a si mesma como Paramatma. Através dessa limitação formada pela bolha da ignorância auto-criada pela atma, a atma aparentemente herda uma existência separada de Paramatma. E por causa desta separação auto-criada da infinita Paramatma, a atma, que é em si infinita, ilimitada e sem fronteiras, aparentemente experimenta a si mesma como muito finita e com infinitas limitações.
Agora, os corpos grosseiro, sutil e mental não são nada além de sombras da alma. As esferas (mundos) grosseiro, sutil e mental não são nada além de sombras da Sobre-Alma. Os corpos grosseiro, sutil e mental são finitos, têm formas e são mutáveis e destrutíveis. Os mundos grosseiro, sutil e mental são falsos, são zero, imaginação e sonhos vagos. A única realidade é a Sobre-Alma (Paramatma). Portanto, quando a alma com seus corpos grosseiro, sutil e mental experimenta os mundos grosseiro, sutil e mental, a alma experimenta, na realidade, as sombras da Sobre-Alma com a ajuda das suas próprias sombras. Em outras palavras, a alma com suas formas finitas e destrutíveis experimenta falsidade, zero, imaginação e um sonho vago. Apenas quando a alma experimenta a Sobre-Alma com o seu Ser é que experimenta o Real com a realidade. Quando a alma é consciente do seu corpo grosseiro, então essa alma se identifica com o corpo grosseiro e considera-se como sendo o corpo grosseiro. Isso significa que a alma infinita, eterna, sem forma, encontra-se como finita, mortal e com forma. As impressões (sanskaras) são a causa dessa ignorância. No início a alma, que está eternamente na Sobre-Alma, primeiro adquire ignorância através de impressões, em vez de adquirir conhecimento. Quando a alma adquire uma forma particular (um corpo ou sharir), de acordo com impressões particulares, ela sente-se e experimenta-se como sendo aquela forma particular.
A alma na sua forma de pedra experimenta-se como pedra. Assim, no devido tempo, a alma experimenta e considera-se como sendo metal, vegetal, verme, peixe, ave, animal, homem ou mulher. Qualquer que seja o tipo de forma grosseira e qualquer que seja a configuração da forma, a alma espontaneamente associa-se com essa forma, figura e configuração, e experimenta que ela própria é aquela forma, figura e configuração. Quando a alma está consciente do corpo sutil, então essa alma experimenta que ela é o corpo sutil. Quando a alma se torna consciente do corpo mental, então essa alma experimenta que ela é o corpo mental. É apenas por causa das impressões (nuqush-e-Amal ou sanskaras) que a alma, sem forma, a Alma Infinita, experimenta que é genuinamente um corpo grosseiro (sthul sharir), ou um corpo sutil (pran) ou um corpo mental ( mana ou mente). A alma, enquanto experimenta o mundo grosseiro através das formas grosseiras, associa-se e desassocia-se de inumeráveis formas grosseiras. A associação e a dissociação com formas grosseiras denomina-se nascimento e morte, respectivamente.
É só por causa das impressões que a alma eterna, imortal, existindo na realidade, sem nascimentos e sem mortes, tem que experimentar nascimentos e mortes incontáveis vezes. Enquanto a alma tem de se submeter a essa experiência de inúmeros nascimentos e mortes por causa das impressões, ela não só tem de experimentar o mundo grosseiro, que é uma sombra da Sobre-Alma e que é falso, mas juntamente com isso, a alma também tem de experimentar felicidade e miséria, virtude e vício do mundo grosseiro.
É só por causa das impressões que a alma, que está além e é livre da felicidade e miséria, virtude e vício, tem necessariamente de se submeter a experiências de miséria e de felicidade, de vício e de virtude. Portanto, é estabelecido que as experiências de nascimentos e mortes, felicidade e miséria, virtude e vício são sentidos somente pela forma grosseira da alma, enquanto experimenta o mundo grosseiro; mas a forma grosseira da alma é uma sombra da alma e o mundo grosseiro é uma sombra da Sobre-Alma. Assim, todas as experiências de nascimentos e mortes, virtude e vício, felicidade e sofrimento vividas pela alma não são nada além de experiências da sombra. Por isso, tudo o que é assim experimentado é falso.
A fim de clarificar essa relação "atma-Paramatma" (alma com a Sobre-Alma) nós comparamos Paramatma com um infinito oceano, um oceano sem limites, e a atma como uma gota nesse oceano. A atma nunca está fora desse oceano ilimitado (Paramatma). A atma não pode nunca estar fora de Paramatma porque Paramatma é infinita e ilimitada. Como pode a atma sair ou ter um lugar além da ilimitação sem limites? Portanto a atma está em Paramatma.
Após estabelecer o fato principal de que a atma está em Paramatma vamos um passo adiante e dizer que a atma é Paramatma. Como? Por exemplo, vamos imaginar um oceano sem limites. Vamos também imaginar que separamos ou que retiramos uma parcela mínima de oceano da vastidão ilimitada desse oceano. Segue-se então que, essa porção mínima de oceano, enquanto estava dentro do oceano sem limites, antes da separação, é o próprio oceano e não está lá no oceano como uma parcela mínima do oceano, porque cada parcela do oceano, quando não está limitada pelas limitações da gota, é o oceano ilimitado.
É somente quando uma parcela mínima do oceano for separada do oceano ilimitado, ou retirada do oceano ilimitado como uma gota, que essa porção do oceano obterá sua existência separada como uma gota do oceano sem limites, e que essa parcela mínima de oceano começará a ser olhada como uma gota do oceano ilimitado. Em outras palavras, o próprio oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras é agora encarado meramente como uma gota daquele oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras. E, em comparação com aquele oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras essa porção de oceano, ou essa gota de uma parcela mínima de oceano, é muito mais limitada e mais finita com infinitas limitações. Isto é, aquela porção infinitamente livre se encontra infinitamente aprisionada.
Similarmente, a atma, que temos comparado com uma gota do infinito oceano, obtém uma aparente existência separada, embora, na realidade, ela não pode nunca estar fora da ilimitação do ilimitado, infinito Paramatma, o qual temos comparado com o oceano infinito, ilimitado e sem fronteiras. Mas tal como a parcela mínima de oceano adquire sua limitação como uma gota através de estar sob a forma de uma bolha na superfície do oceano, e a bolha confere à parcela mínima de oceano uma existência aparentemente separada do infinito oceano, do mesmo modo, a atma, que está em Paramatma e é Paramatma, aparentemente experimenta existência separada da infinita Paramatma através das limitações de uma bolha (de ignorância), com o qual a atma se encobre. Assim que a bolha da ignorância estoura, a atma não só descobre-se em Paramatma mas experimenta a si mesma como Paramatma. Através dessa limitação formada pela bolha da ignorância auto-criada pela atma, a atma aparentemente herda uma existência separada de Paramatma. E por causa desta separação auto-criada da infinita Paramatma, a atma, que é em si infinita, ilimitada e sem fronteiras, aparentemente experimenta a si mesma como muito finita e com infinitas limitações.
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