Tanto do ponto de vista Sufi quanto do de todos os místicos, o estado original de toda a criação é a vibração e a vibração manifesta-se em duas formas ou estágios. Na sua condição original a vibração é inaudível e invisível, mas, em seu primeiro estágio para a manifestação torna-se audível e no seu próximo estágio, visível. Na sua fase audível, em termos Vedânticos, é chamada Nada- uma palavra que significa som - ou Nada Brahma que representa: Som o Criador, Som o Espírito Criativo. A próxima etapa é chamada Jatanada - uma palavra que significa luz. São os diferentes graus dessa luz e a comparação entre eles, o que dá origem às diferentes cores. As cores são apenas as diferentes tonalidades da luz; comparadas umas com as outras são cores, mas na realidade, a luz faz todas as cores. Isso é demonstrado pela luz do sol que não tem nenhuma cor especial que lhe é própria, mas a luz que as plantas partilham manifesta-se nas cores das suas flores. Essas cores parecem ser as cores das flores, dos vegetais e folhas, quando na realidade são as cores do sol.
No caso das almas também podemos perceber que a manifestação de tal variedade entre elas é uma ilusão também. Esquecemos que todas as várias faces e as infinitas formas dos seres humanos pertencem a um Espírito e que são as manifestações daquele Espírito único. Quando começamos a compreender a teoria da cor e do som, podemos começar a entender isso também. Por exemplo, o que é o som? As diferentes notas são os diferentes graus de respiração: a respiração humana ou o eco proveniente de um vaso, de um instrumento, ou de um sino - pois isso também é respiração - a respiração dos seres humanos, bem como a respiração dos objetos. De uma respiração muitos sons manifestam-se, portanto, isso nos leva de volta à idéia de unidade. Toda essa variedade de cores, formas e sons provêm de uma única fonte.
Associado a isso, há a questão do misticismo do número. Essa é a idéia de ritmo. Cada movimento deve ter o seu ritmo. Não pode haver movimento sem ritmo. Por ritmo imaginamos os intervalos de tempo, como horas ou minutos ou como colcheia, semicolcheia e semibreve na música. Todos eles surgem do nosso hábito de dividir o tempo em ritmo. Fazemos isso porque a nossa própria vida depende de ritmo. O batimento do pulso, do coração, na cabeça - todos mostram o ritmo da vida. A ciência dos números vem da ciência do ritmo. Um certo número surge para denotar um certo período de tempo, cada ação ou movimento requer um certo tempo e tem um efeito correspondente. Todo efeito que é produzido por cor, som ou número depende de seu efeito harmonioso ou desarmonioso. Se o som não é harmonioso, não tem um efeito desejável sobre nós, se uma cor não é harmoniosa também tem um efeito indesejável. Isso mostra que não é o número ou o som particular que dá o efeito desejável, mas a harmonia. É por isso que o conhecimento do efeito do som, da cor ou do número é insuficiente sem um desenvolvimento de um sentido de harmonia em nós mesmos, para que possamos entender o efeito harmonioso dessas coisas.
Os místicos têm visto cinco tatwas, ou elementos, trabalhando por trás tanto do som quanto do ritmo, embora os músicos considerem sete notas em uma escala. A escala original conhecida pelos místicos tinha cinco números, e havia cinco tipos de escalas entre as pessoas antigas, com cinco diferentes classes de ritmos. Tomava-se cinco cores para representar os cinco elementos. As pessoas frequentemente dizem: "Esta cor dá sorte", e que "aquela dá azar". "Este número dá sorte e aquele dá azar". Mas são a cor ou o número especiais em si, é a harmonia da situação que dá sorte ou azar: em que relação aquele determinado número e cor estão a você, aos negócios da sua vida, à sua própria constituição e ao seu estágio de evolução. Se eles estão em harmonia com a sua vida, então são harmoniosos e dão sorte. Se não, eles são desarmônicos e dão azar. Isto não significa que uma determinada cor é desarmoniosa; o que decide se ela é ou não harmoniosa está relacionado apenas com o 'como' ela surge na sua vida.
Da mesma forma com os sons. Mas o poder do som é maior que o poder das cores. Por que é que isso acontece? É porque o som surge das profundezas de nosso ser e porque o som pode também tocar as profundezas do nosso ser. O mantra-yoga dos hindus é baseado nesse princípio. O termo Sufi para isso é Dhikr (Zikar): que é o uso das palavras para o desvendamento da alma. Mas não é meramente para trazer algum resultado desejado que as palavras podem ser utilizadas no dhikr. As pessoas muitas vezes cometem o erro de usar a palavra sem qualquer idéia espiritual por trás dela, simplesmente para atingir algum poder mágico. Os Sufis de todos os tempos têm alertado contra esse erro, e têm constantemente ensinado que existe apenas um objeto pelo qual vale a pena se esforçar, o objeto essencial da vida, ou seja, Deus. É apenas quando a ciência das palavras está sendo usada para a realização da verdade, isto é, para a realização de Deus, que está sendo utilizada no modo correto. Usá-la para qualquer outra finalidade que seja, é como pagar por pérolas e levar pedras sem valor.
Embora não haja mal algum em aprender tudo que pudermos, não é bom dar vasão à superstição. Caso contrário, seria melhor realmente nunca ter conhecido essas coisas. O objetivo de todo o Sufi é chegar à verdade, e qualquer coisa que diga respeito a superstição deve ser evitada. O que é a cor afinal? É uma ilusão. O que é o número? É uma ilusão. O que são as formas? Elas também são ilusões. É interessante até certo ponto saber sobre essas coisas e distingui-las. Isso dá um certo conhecimento. Mas uma vez que são todas ilusões, como pode ser útil dar-se totalmente a elas negligenciando o desvendamento do Ser (Self), além de, ao mesmo tempo, negligenciar a busca pela verdade - que é o único objetivo da alma? Por conseguinte, a todos os outros conhecimentos e todas as outras coisas almejadas devem ser dados um lugar secundário. Nossa principal busca deve ser pela Verdade, acreditando assim como nós acreditamos, que na verdade está Deus.
No caso das almas também podemos perceber que a manifestação de tal variedade entre elas é uma ilusão também. Esquecemos que todas as várias faces e as infinitas formas dos seres humanos pertencem a um Espírito e que são as manifestações daquele Espírito único. Quando começamos a compreender a teoria da cor e do som, podemos começar a entender isso também. Por exemplo, o que é o som? As diferentes notas são os diferentes graus de respiração: a respiração humana ou o eco proveniente de um vaso, de um instrumento, ou de um sino - pois isso também é respiração - a respiração dos seres humanos, bem como a respiração dos objetos. De uma respiração muitos sons manifestam-se, portanto, isso nos leva de volta à idéia de unidade. Toda essa variedade de cores, formas e sons provêm de uma única fonte.
Associado a isso, há a questão do misticismo do número. Essa é a idéia de ritmo. Cada movimento deve ter o seu ritmo. Não pode haver movimento sem ritmo. Por ritmo imaginamos os intervalos de tempo, como horas ou minutos ou como colcheia, semicolcheia e semibreve na música. Todos eles surgem do nosso hábito de dividir o tempo em ritmo. Fazemos isso porque a nossa própria vida depende de ritmo. O batimento do pulso, do coração, na cabeça - todos mostram o ritmo da vida. A ciência dos números vem da ciência do ritmo. Um certo número surge para denotar um certo período de tempo, cada ação ou movimento requer um certo tempo e tem um efeito correspondente. Todo efeito que é produzido por cor, som ou número depende de seu efeito harmonioso ou desarmonioso. Se o som não é harmonioso, não tem um efeito desejável sobre nós, se uma cor não é harmoniosa também tem um efeito indesejável. Isso mostra que não é o número ou o som particular que dá o efeito desejável, mas a harmonia. É por isso que o conhecimento do efeito do som, da cor ou do número é insuficiente sem um desenvolvimento de um sentido de harmonia em nós mesmos, para que possamos entender o efeito harmonioso dessas coisas.
Os místicos têm visto cinco tatwas, ou elementos, trabalhando por trás tanto do som quanto do ritmo, embora os músicos considerem sete notas em uma escala. A escala original conhecida pelos místicos tinha cinco números, e havia cinco tipos de escalas entre as pessoas antigas, com cinco diferentes classes de ritmos. Tomava-se cinco cores para representar os cinco elementos. As pessoas frequentemente dizem: "Esta cor dá sorte", e que "aquela dá azar". "Este número dá sorte e aquele dá azar". Mas são a cor ou o número especiais em si, é a harmonia da situação que dá sorte ou azar: em que relação aquele determinado número e cor estão a você, aos negócios da sua vida, à sua própria constituição e ao seu estágio de evolução. Se eles estão em harmonia com a sua vida, então são harmoniosos e dão sorte. Se não, eles são desarmônicos e dão azar. Isto não significa que uma determinada cor é desarmoniosa; o que decide se ela é ou não harmoniosa está relacionado apenas com o 'como' ela surge na sua vida.
Da mesma forma com os sons. Mas o poder do som é maior que o poder das cores. Por que é que isso acontece? É porque o som surge das profundezas de nosso ser e porque o som pode também tocar as profundezas do nosso ser. O mantra-yoga dos hindus é baseado nesse princípio. O termo Sufi para isso é Dhikr (Zikar): que é o uso das palavras para o desvendamento da alma. Mas não é meramente para trazer algum resultado desejado que as palavras podem ser utilizadas no dhikr. As pessoas muitas vezes cometem o erro de usar a palavra sem qualquer idéia espiritual por trás dela, simplesmente para atingir algum poder mágico. Os Sufis de todos os tempos têm alertado contra esse erro, e têm constantemente ensinado que existe apenas um objeto pelo qual vale a pena se esforçar, o objeto essencial da vida, ou seja, Deus. É apenas quando a ciência das palavras está sendo usada para a realização da verdade, isto é, para a realização de Deus, que está sendo utilizada no modo correto. Usá-la para qualquer outra finalidade que seja, é como pagar por pérolas e levar pedras sem valor.
Embora não haja mal algum em aprender tudo que pudermos, não é bom dar vasão à superstição. Caso contrário, seria melhor realmente nunca ter conhecido essas coisas. O objetivo de todo o Sufi é chegar à verdade, e qualquer coisa que diga respeito a superstição deve ser evitada. O que é a cor afinal? É uma ilusão. O que é o número? É uma ilusão. O que são as formas? Elas também são ilusões. É interessante até certo ponto saber sobre essas coisas e distingui-las. Isso dá um certo conhecimento. Mas uma vez que são todas ilusões, como pode ser útil dar-se totalmente a elas negligenciando o desvendamento do Ser (Self), além de, ao mesmo tempo, negligenciar a busca pela verdade - que é o único objetivo da alma? Por conseguinte, a todos os outros conhecimentos e todas as outras coisas almejadas devem ser dados um lugar secundário. Nossa principal busca deve ser pela Verdade, acreditando assim como nós acreditamos, que na verdade está Deus.
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